28 MARÇO 2024
14:20:04
INFORMATIVO - MATÉRIAS
31-03-2019 - 31 DE MARÇO DE 1964 - PARTE 2/2

31-03-2019   -   31 DE MARÇO DE 1964    -    PARTE 2/2


          No caso brasileiro, a infiltração comunista estava avançada. Como conta o jornalista Olavo de Carvalho, já havia contaminado quase toda a imprensa nos anos 60. Em Cuba, o líder revolucionário Fidel Castro havia se rebelado contra o regime em Cuba, que era capitalista. A revolta não era para mudar o sistema econômico e sim para derrubar o governo capitalista absolutista. Assim que derrubou o governo foi cooptado pela URSS e virou a casaca, tornando-se um ditador comunista vigarista, um novo Rei. Viveu assim até a morte, décadas depois, nada resolvendo quanto à miséria no país, apenas nivelando tudo por baixo. Em 1962, a URSS instalou mísseis com armas nucleares apontadas para os EUA em Cuba. Foi a "crise de mísseis de 1962". O ultimato de Kennedy (assassinado em 1963) fez a URSS recuar e as instalações foram desfeitas.


          Esse era o ambiente na década de 60 no Brasil. Guerrilheiros comunistas, uma meia dúzia de gatos pingados, fomentavam uma revolução comunista sangrenta. Ficaram famosos Mariguella e Lamarca, ambos mortos. A este tempo o demoníaco José Dirceu já desfilava com sua hipocrisia, ganhando as páginas dos jornais. O presidente eleito em 1960, Jânio Quadros, renunciou, como um bezerro desmamado, porque o Congresso, como agora, não lhe deu ouvidos. O vice, o Mourão da época, João Goulart, fazia jogo duplo, querendo agradar a gregos e troianos.


          Depois do que acontecera no próprio Brasil na década de 20, 30, 40 e 50, a China se tornou comunista em 1949 e depois Cuba, em 1959. Com apoio da URSS, que intervinha em toda parte, como até no Brasil.


          Além da "guerra-fria", o ambiente de guerra nuclear entre EUA e URSS, em que cada qual ocupava mais e mais espaço no TERCEIRO MUNDO em disputa, havia a guerra interna entre oligarquias no Brasil. A "Dinastia da Casa da Torre" queria voltar ao controle, depois de ter perdido a disputa de 1932, da chamada "revolução constitucionalista".


          O ambiente de fomento da revolução sangrenta fervilhava e os comícios hipócritas sobre revolução pipocavam. Instaurou-se um ambiente de indisciplina dentro das Forças Armadas, que estavam dividas. Havia uma parte a favor de uma tomada do poder, havia uma parte maior de acomodados e indiferentes e uma parcela minoritária de adeptos do comunismo, dentre os quais estava o desertor Lamarca.


          Na década de 60, embora a educação não estivesse universalizada como hoje (em termos quantitativos), a parcela educada era muito bem educada (em termos qualitativos). Na média, o nível cultural das pessoas era infinitamente maior do que o de hoje, o que se vê pelas músicas, cantores, artistas, escritores e inventores em profusão (como exemplo, Santos Dumont). A sociedade era riquíssima em termos de pessoas de qualidade internacional em todos os setores, algo inacreditável quando se compara com a boçalidade insana dos dias atuais. Por este motivo, a elite política dominada por caciques partidários úteis - que hoje também não existe mais (entre eles Carlos Lacerda, um Olavo de Carvalho ainda melhorado que chegou a ocupar a governadoria do Rio de Janeiro) - fomentou no público uma revolta contra a "revolução comunista sangrenta" que se queria implementar por meio de uma guerrilha urbana, que se inspirava nos mesmos métodos de tortura, brutalidade e assassinato de Che Guevara, o comunista vigarista argentino que ajudou Fidel Castro a tomar o poder em Cuba em 1959 e se tornou ícone mundial do comunismo (seu assassinato foi obra dos próprios comunistas, em disputa de poder pelo trono). O líder da revolta das pessoas contra a "revolução comunista sangrenta" no Brasil foi o então governador de Minas Gerais Magalhães Pinto. Havia, portanto, uma elite civil política que fomentava a idéia de que os militares deveriam tomar o controle do governo, numa intervenção (ou golpe) militar.


          Os fatos das últimas duas décadas mostraram que um governo civil frouxo não tem como debelar uma infestação comunista vigarista. Somente com o uso da força bruta é possível deter uma ditadura comunista, sendo exemplo disso o que acontece na Venezuela do ditador Nicolás Maduro. Ele só cairá pela força das armas.


          No cenário de "guerra-fria", o país fatalmente caminharia, dada a pusilanimidade de um governo civil democrático (haja vista Jânio ter renunciado e João Goulart, o vice, querer agradar a gregos e troianos, numa pusilanimidade incompatível com a força dos acontecimentos), para uma ditadura comunista. Bastaria uma rebelião como a de Cuba, de 1959, com apoio da URSS.


          O ambiente de conflagração crescente não permitia pusilanimidade. Iria-se repetir no Brasil o que se viu em Cuba: Fidel entrou no poder em 59 e não saiu mais. Stálin entrou em 17 e ficou até 53. Na China Mao entrou em 49 e seguiu até morrer. Países foram completamente destroçados economicamente pelo comunismo vigarista. O comunismo era apenas uma bandeira para que oportunistas encontrassem um meio de roubar o trono.


          Primeiramente no Brasil, em 64, foi desmobilizada a parte das Forças Armadas constituída de comunistas, fossem eles crédutos ingênuos ou espiões infiltrados. O golpe nem começara e o vice-presidente Goulart já estava fugindo. O governo caiu então apenas pelo simples medo. O Rei havia sido derrubado 75 anos antes, uma vida. Derrubado pelas Forças Armadas. A democracia, o Estado e a ordem pública eram ainda algo muito recente na história, e, assim mesmo, uma farsa. A farsa porém não tinha como deixar de existir porque a elite com capacidade profissional e técnica para criar algum desenvolvimento era diminuta, ou seja, a República mesmo não sendo efetivamente pública não tinha como operar de outra forma, pois cairia na anarquia e no atraso, dado que o povo era analfabeto na maioria em 1889.


          A parte da elite lúcida das Forças Armadas se mobilizou em 64, colocando tropas nas ruas, obrigando os acomodados a acompanhá-los. O governo foi então efetivamente derrubado, assumindo como presidente Castelo Branco em 1964.


          Há a discussão sobre se se tratou de golpe, de regime, de ditadura, de revolução ou de contra-revolução. Foi tudo ao mesmo tempo. Uma revolução comunista sangrenta que levaria o país ao desastre estava se iniciando, mais uma vez, e era preciso uma contra-revolução, que se deu por meio de um golpe que instaurou um regime que na prática foi uma ditadura, como a vivida na Venezuela dos dias atuais. Legislativo continuou aberto, governadores e prefeitos continuavam sendo eleitos, mas a presidência da República, com eleição pelo chamado "Colégio Eleitoral" (indireta - o Congresso Nacional escolhia o presidente), passou a ser ocupada por militares da ativa. Por medo de uma intervenção mais virulenta, uma real ditadura, o Congresso se acovardou, chancelando a eleição indireta de militares. Para dar ar de que não se tratava de uma ditadura, eleições eram realizadas periodicamente, sempre vencendo um militar da ativa: depois de Castelo em 64 veio Costa e Silva, a junta militar, Médici, Geisel e por último Figueiredo, de 1979 a 1985.


          Como todo remédio tem efeitos colaterais, o regime militar também não escapou dos mesmos efeitos.


          O regime se tornou mais violento, com censura a partir de 1968, após um deputado federal sugerir que mulheres de militares não transassem mais com eles enquanto o governo não fosse devoldido aos civis. A partir daí os guerrilheiros (entre os quais estavam José Genoíno do PT, Franklin Martins, José Dirceu, Dilma Rousseff, Lamarca, Mariguella, Fernando Gabeira, etc.) foram perseguidos e presos. Alguns foram torturados e mortos, outros apenas mortos, outros apenas presos. A censura nos meios de comunicação era prévia e durou de 1968 a 1979, de forma expressa, com o  AI-5, Ato Institucional número 5. A tortura era feita pela Polícia Civil, que apoiava as operações militares de busca a terroristas comunistas, que era o que eram na prática os guerrilheiros, pois a atividade de fomentar revolta só produz resultados abrangentes partindo-se destes artifícios.


          Assim, tortura e assassinatos houve. E por isso houve a censura, para que a perserguição se efetivasse sem reprimenda de ingênuos espectadores alheios à gravidade do que estava por vir. O que se buscou evitar em 1964 é o que acontece na Venezuela de hoje, 2019. Antes que isso ocorresse, os cabeças foram mortos, exterminados, pondo-se fim instantâneo e cabal prévio a uma ditadura comunista. Assim, a ditadura militar (capitalista) ocorreu e foi uma ditadura para evitar que uma ditadura comunista vigarista se instaurasse na seqüência, como se vê hoje na Venezuela. Maduro só cairá deposto pelas armas, seja numa revolução interna, seja por meio de uma intervenção internacional. E é por isso que a máfia comunista apóia o desarmamento, para que o povo seja refém do regime comunista ditatorial e nada possa fazer, como acontece na Venezuela.


          Houve, na ditadura militar no Brasil, uma divisão entre o que se chamou de "linha-dura" e os que eram a favor de uma "abertura democrática", ou seja, a devolução do poder aos civis, no caso brasileiro (1964-1985).


          Para tanto, o grupo da "linha-dura" se reuniu e pretendeu dar um "golpe dentro do golpe". Em 1977, generais se reuniram para derrubar o general Geisel, então presidente. O "golpe dentro do golpe" foi no entanto desarticulado, com Geisel se antecipando.


          Na seqüência, alguns atentados foram realizados, para passar a idéia de que a esquerda guerrilheira comunista e vigarista continuava com células ativas. Os atentados que antes eram feitos pelos guerrilheiros comunistas e que tinham acabado após a repressão inicial em 1968 e que durou até meados da década de 70, retornaram esporadicamente, mas eram obra da "linha-dura", como mostrou o "atentado do Rio-Centro, em 1981, quando explosivos foram acionados antes da hora e atingido os militares que faziam a sabotagem, denunciando a fraude.


          A repressão do regime militar no Brasil, a despeito disso, foi um sucesso, sendo sufocada a guerrilha comunista. Em 1979, com Figueiredo, que assumiu prometendo fazer a "abertura democrática" e devolver o governo aos civis, procedeu-se à anistia, ampla geral e irrestrita. Autoridades que torturaram e mataram, assim como guerrilheiros que praticaram crimes foram todos considerados anistiados por lei. Até seqüestro de embaixadores foram feitos pela guerrilha comunista, em atos de terrorismo. No de Charles Elbrick, embaixador dos EUA, em 1969, no qual esteve envolvido o então guerrilheiro comunista Fernando Gabeira, a meta era conseguir a libertação de terroristas comunistas presos, entre os quais estava o hoje criminoso condenado José Dirceu.


          José Dirceu, que até hoje ainda engana muita gente, na década de 60 já fora preso pelo regime militar. Naquela época o faro das pessoas era completo, cinquenta anos antes já se vislumbrava uma vigarice, não era preciso esperar acontecer para depois chorar o leite derramado. O bandido hoje consagrado, naquele tempo, já tinha sido preso. Preso porque se sabia que ele era o que é, um criminoso, farsante e vigarista, que almejava implantar uma ditadura comunista, tomar o trono do rei, mas não para resolver o problema da plebe e sim para usufruir da regalias do cedro e da coroa.


          O golpe de 64, ou a intervenção miltar de 64, representou, além de uma vitória antecipada contra uma ditadura comunista vigarista que estava a caminho, a volta da "Dinastia da Casa da Torre" ao poder. Os derrotados de 1932 retornaram ao comando de tudo em 1964.


           Apesar disso, uma nova técnica comunista estava já em aplicação avançada: era a ocupação de espaços. Quase toda a imprensa já havia sido tomada por adeptos do socialismo/comunismo. Não eram todos, porém, infiltrados. Havia pessoas de boa-fé, como o jornalista Olavo de Carvalho, que ingenuamente acreditava na utopia comunista, o que só veio a abandonar muitos anos depois.


          O remédio necessário, portanto, foi amargo. Terroristas foram mortos. Com este tipo de "know-how" soviético de infiltração e contaminação de sociedades e instituições, não havia outra alternativa que não a eliminação, pois o resultado, décadas depois, é o que se vê na Venezuela. E assim foi feito, mas numa dose ainda "light", tanto que José Dirceu sobreviveu, assim como Dilma Rousseff, havendo depois a "anistia" de 1979. O efeito colateral do remédio foi também amargo: aplicado em dose insuficiente, deixando vivos alguns terroristas, causou uma recidiva da doença: em 1980, um ano depois da anistia de 1979, o grupo de terroristas criminosos formou um partido político, o PT, Partido dos Trabalhadores, hoje a maior organização criminosa do mundo, exceto a máfia russa governamental atual. Outro efeito colateral: para que os assassinatos de teroristas comunistas pudessem ocorrer sem importunação de idiotas alheios ao que se passava no mundo da "guerra-fria", foi preciso censurar a imprensa. Embora a esmagadora maioria dos que foram mortos e presos fosse constituída efetivamente de vigaristas, uma parcela minoritária de presos afetados era constituída simplesmente de pessoas que criticavam o regime ditatorial, exigindo a volta da democracia. Estes acabam sendo tidos também por comunistas, embora não o fossem. Por causa disso, o povo acostumou-se a ficar em silêncio. "Política, religião e futebol não se discute", era o ditado popular idiota.


          Paralelamente, até a década de 50, as notícias eram acompanhadas pelo jornal escrito ou principalmente pelo rádio. Veio a televisão na década de 60. A Rede Globo de televisão nasceu junto com a ditadura militar. O povo ficou maravilhado com a TV, a novidade da época, que num regime ditatorial e de censura transmitia apenas notícias água com açúcar, sem âncoras e sem crítica, como se os problemas públicos fossem advindos de causas naturais inexplicáveis, eventos da natureza cuja causa é desconhecida. O noticiário fraco junto com o ambiente de opressão (necessária àquele tempo) construiu uma geração acostumada a não se intrometer, a não criticar. São pessoas hoje na faixa dos 60 anos de idade em diante. A última geração que vivenciou os momentos de liberdade e de lucidez normais é formada hoje de pessoas com 80 anos de idade ou mais. Este grupo vivenciou uma época de ouro, a melhor de todos os tempos, o período das décadas de 50, 60, 70 e 80 onde não havia limite para o sucesso profissional, pessoas que tiveram bons empregos, bons salários, aposentaram-se e viveram momentos mágicos que nunca mais serão vividos, um período em que os direitos em geral se tornaram consagrados e usufruíveis na plenitude (depois de séculos de anarquia, monarquia e ditadura), sem qualquer resquício de precaridade. Antes disso os direitos em geral ainda estavam em fase de gestaçao legislativa ou implementação prática e depois disso entraram em ocaso, em termos de previsão legal e aplicabilidade prática, com o ocaso da tecnocracia.


          Após a pressão efetuada pelos anistiados de 1979, que tornou-se crescente, em 1984 juntou-se um milhão de pessoas na praça da Sé, pela aprovação da Emenda Constitucional Dante de Oliviera, pelas "diretas já", eleição presidencial direta para presidente da República. O intento fracassou. A gota de água que terminou com o regime militar foi a convenção partidária da Arena (Aliança de Renovação Nacional) de 1984, na qual Paulo Maluf atreveu-se a candidatar-se pela chapa da situação, pondo fim ao teatro de militares da ativa como candidatos a presidente no "Colégio Eleitoral". Tancredo Neves foi escolhido como candidato de oposição e venceu no "Colégio Eleitoral". O seu vice era José Sarney, o Lula do Maranhão dos anos 60.


          Tancredo Neves foi eleito pelo "Colégio Eleitoral" em 1984 para presidente da República. Morreu por conta de uma diverticulite oficialmente, mas possivelmente foi assassinado.


          José Sarney assumiu em 1985, começando o que hoje se conhece. Um desastre. O governo civil fez o Plano Cruzado de 1986, congelando preços e salários, quando a inflação estava 16% ao mês em janeiro de 1986. O Plano objetivou apenas a vitória na eleição de 1986. Governadores do partido de Sarney foram eleitos na maioria dos Estados. Passada a eleição, o governo descongelou preços e reajustou tarifas públicas de propósito em dezenas de pontos percentuais, reativando a inflação, conforme a história contada no nosso livro publicado em 2000 ("link" para "download" no pé da página, gratuito).
          Com a hiperinflação do período 1987-1994, sucessivos planos econômicos, somados ao Cruzado de 1986, geraram 800% de defasagem nos salários e 90% de perda salarial real, o que só foi recuperado por trabalhadores de empresas privadas com sindicatos fortes, sendo esta a razão de Lula, o líder grevista mais famoso dos anos 70 e 80, ter ficado famoso e ter sido depois eleito. Sua vida de vigarice começara nos sindicatos.


          O resultado prático disso foi a falência do serviço público. Saúde, educação e segurança entraram em colapso. Na saúde, médicos deixaram os cargos em busca de melhores salários na iniciativa privada. Na educação, houve um êxodo e os cargos foram ocupados depois por incompetentes. As polícias foram engolidas pela corrupção. Tudo isso aconteceu porque salários viraram pó. Enquanto os preços eram reajustados semanalmente, salários eram reajustados parcialmente a cada 2, 3, 4 ou 6 meses (conforme o período), perdendo valor real diante dos preços nominais em evolução exponencial. A periodicidade da indexação salarial era propositalmente inadequada e os reajustes nominais não alcançavam a integralidade dos reajustes nominais dos preços.


          Em meados dos anos 90 o serviço público no Brasil estava já falido, pela falta de profissionais. Os filhos daquela geração da ditadura militar que acostumaram-se a calar a boca entravam numa escola pública falida e nada aprendiam, nem sobre a ditadura e nem sobre o comunismo, permanecendo num limbo. Os filhos destes filhos são os netos hoje da geração formada na ditadura militar.


          Agravando o quadro, em 1989 houve a "queda do muro de Berlim", algo necessário, que marcou o fim da Alemanha comunista, que se uniu à Alemanha capitalista, gerando uma queda de dominós. O SEGUNDO MUNDO se esfacelou. Países do Leste Europeu e mais  URSS tiveram governos derrubados, pois o comunismo havia fracassado, após quase um século. O povo estava farto. A URSS foi extinta e em 1991 nasceu a CEI, Comunidade dos Estados Independentes, entre os quais estava a Rússia. No SEGUNDO MUNDO COMUNISTA esfacelado sobrou China, Coréia do Norte e Cuba, principalmente.


          Junto com a derrocada do SEGUNDO MUNDO, iniciou-se a GLOBALIZAÇÃO, no início dos anos 90. Ela foi um processo de integração econômica gerado pela derrocada do SEGUNDO MUNDO  e pelo avanço da tecnologia. Com parte do SEGUNDO MUNDO deixando o comunismo, surgiram mais territórios para as empresas do PRIMEIRO MUNDO expandirem seus negócios, novos clientes e novos lugares para montagem de subsidiárias.


          Nesse tempo houve um movimento pelo AUMENTO DA QUALIDADE dos produtos, pois a concorrência aumentou.


          Embora tenham deixado o SEGUNDO MUNDO, países como a Rússia não se tornaram democracias efetivas, sendo até hoje ditaduras disfarçadas, como mostra o caso de Putin. Putin foi, a despeito disso, um mal necessário, pois sem ele não haveria liderança tecnocrática apta para organizar a transformação.


          O efeito colateral da GLOBALIZAÇÃO então iniciada foi o fato de as empresas transferirem suas instalações para países do antigo SEGUNDO MUNDO, em busca de melhores condições para atuação em MONOPÓLIO, OLIGOPÓLIO, TRUSTES ou CARTÉIS.


          Assim, o quadro do final do século XIX, onde havia uma semi-escravidão combinada com monopólios, começou a voltar no final do século XX aos poucos: o exemplo é a China. Empresas começaram a fechar no PRIMEIRO MUNDO e reabrir no antigo SEGUNDO MUNDO, onde a regulação era inexistente ou falha. Começou a renascer então o "capitalismo selvagem". Com isso, os padrões de vida no PRIMEIRO MUNDO começaram a deteriorar. Um dos efeitos disso foi a crise do "sub-prime" nos EUA em 2008. A QUALIDADE dos produtos que vinha melhorando nos anos 90 passou a involuir nos anos 2000. Em face da concorrência carnívora que passou a existir no PRIMEIRO MUNDO, pois era impossível competir com o capitalismo selvagem do antigo SEGUNDO MUNDO, a precariedade começou a se instalar em todos setores e a imbecilidade geral passou a tomar uma suposta necessidade de desregulação como alternativa de solução para o caos.


          Apesar de a esquerda ter sido uma vigarice histórica no mundo todo, foi a sua existência que impossibilitou a manutenção do "capitalismo selvagem" do século XIX. Conquistas históricas ao longo do século XX na regulação de contratos trabalhistas e empresariais passaram a ser tomadas como problema.


          O capitalismo regulado é o ideal, num equilíbrio entre direita e esquerda, como houve nas décadas de 50, 60, 70 e 80. Em parte, foi a desregulação que levou ao desastre, como mostraram a segunda-feira negra ede 1987 na bolsa de valores de NY, o caso LTCM de 1998, a Enron em 2001, o "sub-prime" de 2008 nos EUA e agora a histeria por desregulação de tudo, para que as relações contratuais mantenham-se no mesmo nível de indigência visto na China comunista onde impera o "capitalismo selvagem". Quer-se nivelar tudo por baixo, na esperança de que isso vai trazer alguma solução econômica geral.


          Assim, a GLOBALIZAÇÃO foi e tem sido paradoxal, sendo o paradoxo o elemento característico dela em qualquer âmbito que se imagine. A ALTA QUALIDADE de produtos e serviços que começou a se gerar nos anos 90 é agora substituída pela precariedade das quinquilharias, como se vê no escândalo de veículos poluidores da Volkswagen, na água radiador do Polo derramando no pé do motorista, nos produtos lançados sem peças de reposição e na obsolescência programada em tempo insuficiente para se amortizar os custos de projeto, tornando-se precária agora também a situação das próprias empresas.


          O comunista Fernando Henrique Cardoso foi eleito em 1994 e iniciou o plano gramscista de destruição do Estado por dentro: amputação do poder de juízes, direito penal mínimo (a "cesta básica" para crimes de menor potencial ofensivo), aprovação automática nas escolas, terminando de acabar com o que já estava destruído.


          Na seqüência, foi eleito Lula em 2002, sendo FHC o culpado número um disso. A história de Lula é hoje conhecida. Depois de mais de três décadas de mentiras sobre a ditadura militar, para deturpar a mente dos incautos, o grupo terrorista e criminoso que foi combatido pela ditadura militar nas décadas de 60, 70 e 80 chega ao poder, pelas urnas.


          O ambiente de falência das polícias foi utilizado para se acobertar crimes de assassinato diversos, transformados em "crimes comuns" ou "acidentes" sem relação com outros eventos.


          O ambiente de falência do ensino público foi utilizado para se deturpar profundamente a mente das pessoas, hoje vítimas de lavagem cerebral.


          O ambiente de progessiva precariedade econômica fez sucumbir a grande mídia, hoje falida, que foi cooptada pelo crime, assim como organizações de classe profissional: a precariedade torna o futuro cada vez mais incerto, ou melhor, certo, nenhum, de modo que quem tem a oportunidade de se colocar à disposição do crime se rende imediatamente (na advocacia, por exemplo, a conivência com o crime é produto de uma degração cultural e econômica irreversível, o que se reflete na escolha de representantes de classe que em busca de também sobreviver se calam e se rendem ao crime, apoiando a politicalha, em busca de vagas do quinto constitucional em tribunais). A precariedade econômica transformou-se num meio de cooptação totalitária de pessoas e instituições.


          Formou-se, com tudo isso, a partir de 2003, uma ditadura civil no Brasil, como aqui já fartamente explicado. Legislativo subornado e Judiciário aparelhado de forma criminosa. O povo se organizou, mas focou apenas no Executivo, achando que um presidente sozinho resolveria a corrupção no Legislativo e no Judiciário.


          Neste cenário, somente uma intervenção militar, como a de 1964, daria solução à atual crise institucional, que levará o país à ruína. O fechamento do Congresso Nacional, por conta de sua omissão, e da cúpula do Judiciário (STF), por conta de sua corrupção integral, é hoje uma necessidade, pois o povo ainda em anomia e degradado não conseguiu eleger políticos em quantidade suficiente para resolver, pelos meios democráticos e republicanos, a falência integral da máquina do Estado.


          Assim, a intervenção militar de 1964 foi um mal necessário. Ela evitou que o país, àquele tempo, se transformasse uma ditadura comunista vigarista e miserável como se vê em Cuba, na Venezuela, na Coréia do Norte e se viu na antiga União Soviética. O efeito colateral dela foi produzir uma geração anestesiada pelo medo de se impor, o que era necessário para que se levasse a cabo as execuções dos futuros ditadores sem que houvesse importunação por defensores ingênuos ou infiltrados de supostos direitos humanos. Toda ditadura ou intervenção acaba gerando mais efeitos colaterais que soluções. Isso porque ela só pode ser encerrada quando há certeza absoluta de que não haverá retaliação por parte do grupo político que irá sucedê-la. Por isso instaura-se o medo horripilante, para que todos saibam que mesmo que ela se encerre depois ela pode voltar, caso seja necessário. Esta foi a causa principal de as pessoas estarem hoje no sofá, acomodadas. Foi aí que nasceu o problema, depois agravado pela destruição do serviço público no período 1987-1994 e depois agravado ainda mais pela precariedade exponencial produzida pela GLOBALIZAÇÃO, que construiu o ambiente perfeito para a cooptação totalitária de pessoas e instiuições em busca de sobrevivência a qualquer custo por uma ditadura civil, a ditadura civil da organização criminosa petista, comandada por Lula e José Dirceu, como hoje mostra claramente o que se passa no setor da advocacia, completamente falido.


          Chega-se, portanto, como se viu com a Atlântida, ao fim de mais uma era. A sociedade evoluiu até o ponto de formar uma civilização, formar uma República, criar o Estado e implantar uma suposta ordem pública, uma utopia que durou poucas décadas ao longo de meados do século XX. O problema que se passa no Brasil se repete no mundo inteiro. O "know-how" da máfia petista foi exportado para o mundo inteiro. Quando se tem um Supremo Tribunal Federal integralmente tomado pela corrupção e um povo em silêncio, acomodado, é porque se está à beira da ruína.


          A matéria de hoje não significa que sejamos nós aqui vestais. O herói de hoje é o canalha de ontem. Nós também fomos tiranos e juízes corruptos. E o inverso também é verdade. O canalha de hoje será o herói de amanhã, em outra vida. Sobre a Terra não há inocentes, por isso existe a história do perdão, pois todos são culpados. O atraso humano é imenso e por isso são necessárias várias vidas para que se evolua até um patamar mínimo de decência. A punição, o castigo, o aprendizado, não vem necessariamente imediatamente ou em seguida. Às vezes os envolvidos têm um segunda chance de pecar novamente, como um teste. Desta feita, a punição vem no próprio presente, como indica o andar da carruagem. Pedaços de togas de verdadeiros Judas travestidos de juízes serão levados de roldão, no fim da era atual.


          A matéria de hoje, bem leve e superficial, foi destinada aos jovens com menos de 40 e poucos anos, que são verdadeiras vítimas de um processo que durou mais de meio século, pessoas que só viram os efeitos colaterais do amargo remédio aplicado em 1964 e que hoje teria de ser reaplicado, numa dose ainda maior, pois a situação hoje vivida é infinitamente mais grave do que àquele tempo. Não se trata efetivamente de comemorar isso ou aquilo, mas de refletir sobre a necessidade de as pessoas se conscientizarem de que são elas as responsáveis primeiras e únicas pelo próprio destino. O impasse que sempre ocorre ao final de cada era é o mesmo: as pessoas acreditam que podem dedicar-se apenas ao próprio umbigo e que têm o direito de prevaricar, porque alguém e não elas tudo resolverá. Milênios e milênios se passaram e somente o uso da força tem servido para impor uma ordem pública, pois o público não vive em ordem. E ordem pública imposta pela força, em tese, não é pública, um paradoxo.


          A elite da politicalha mundial reúne-se anualmente para os mesmos rituais que Hitler praticava nos anos 30 e 40, o que se conhece por "Bohemian Groove". As mentes que procuraram tudo destruir na II Guerra estiverem a postos em 2008, na "crise do sub-prime" e novamente fracassaram. O foco delas agora é no "know-how" petista de capitulação do Estado, de que o STF é exemplo, transformando-se num modelo mundial de exportação de totalitarismo gramscista, na qual a elite capitalista utilitarista patrocina a vigarice comunista no mundo inteiro, como instrumento de destruição mais rápida de Estados a serem subjugados e transformados em colônias de exploração e descarte.


          Para os bandidos, nossos leitores, uma breve pausa para descanso. Depois voltaremos à nossa truculência habitual, que é a única linguagem entendida por ateus em geral, que acreditam piamente que tudo se encerra no túmulo.

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